São muito comuns, mas cada vez mais desaconselhadas pelos psicólogos.
1 – Não compare nenhuma criança como outra – É a ‘rainha’ das armadilhas. Ainda há muito boa gente, pais e professores, que pega numa criança mais sossegada ou mais diligente ou mais obediente, e a apresenta a outra com as palavras: “Põe os olhos no Joãozinho que se porta tão bem e já aprendeu a ler ao contrário de ti, minha lesma.” NUNCA se compara nenhuma criança com outra, primeiro porque todas as crianças são diferentes, e depois porque é absolutamente inútil. Por amor de Deus: acha que alguma criança vai ter mesmo vontade de ser como o Joãozinho? Só vai odiá-lo de morte. Isto nunca resolve nada, pelo contrário: não é bom nem para a criança ‘má’ (que fica a detestar a outra e ainda com mais vontade de se portar mal) nem com a criança ‘boa’ (que fica a ser odiada pelas outras e não tem culpa nenhuma). Apesar de não resolver nada e de ser responsável pelo péssimo ambiente que se cria em muitos grupos de crianças, esta ‘técnica’ custa a morrer...
- Em vez disso: Compare-a com ela própria, e pela positiva. “Então se tu foste capaz de fazer aquelas contas na semana passada, por que é que não és capaz de as fazer agora?”
2 – Não critique – E acima de tudo, não o faça em frente de outras pessoas. Às vezes não identificamos os nossos sentimentos a tempo de não magoar as nossas crianças, mas inconscientemente é isso que estamos a fazer quando dizemos: “Este meu filho é mesmo preguiçoso” em frente da tia, ou dos amigos, ou de quem quer que seja. Achamos que estamos a envergonhá-los – e estamos mesmo! Mas será que isso vai fazer com decidam pegar nos livros ou levantar o rabo do sofá? Claro que não. Só vão pensar: “é verdade, sou mesmo estúpido, não há nada a fazer” e como não há nada a fazer, para quê tentar? Lembre-se: ninguém que fique triste tem ânimo para mudar…
- Em vez disso: Incentive-o e tente ajudá-lo sem colar rótulos: “Sei que é difícil para ti fazer esse esforço, mas vamos ver como é que podemos torná-lo mais fácil.”
3 – Não castigue sem lógica – Ele teve uma má nota, você proíbe-o de jogar computador, só porque é o que ele mais gosta de fazer. Ora o computador pode não ter nada a ver com as más notas. Se calhar o que falta é organização, um empurrãozinho, uma ajuda extra. Educar é orientar, não é fazer sofrer.
- Em vez disso: Investigue a causa das más notas. Até pode usar o computador como ajuda, procurando na net sítios que o ajudem a investigar, ou usando-o como incentivo e não como proibição: “se melhorares as tuas notas, deixo-te jogar mais tempo”.