07 junho, 2010

Os efeitos dos pais-helicóptero

Pais que controlam demasiado a vida dos filhos provocam falta de confiança, ansiedade e insegurança.
 
A super-protecção por parte dos pais, durante a infância e adolescência, tem efeitos negativos na formação da personalidade: ansiedade, falta de confiança e incapacidade para aceitar novas responsabilidades são alguns dos resultados, segundo um novo estudo realizado por Neil Montgomery, psicólogo da Keene State College, em New Hampshire. Este psicólogo avaliou o grau de controlo por parte dos pais e cruzou esses dados com a existência de certos traços de personalidade, e mesmo desequilíbrios, em 300 jovens caloiros daquela faculdade. As raparigas tendem a ser mais controladas pelos pais (sobretudo as mães) do que os rapazes - 13 contra cinco por cento. E os estudantes com este tipo de pais revelaram-se os menos abertos a novas ideias e os mais vulneráveis e ansiosos. Apesar de apenas ter estabelecido uma associação e não uma relação de causa-efeito entre controlo parental e falta de confiança e ansiedade dos filhos, o autor do estudo espera que os resultados constituam um alerta para os pais e para a comunidade científica acerca dos efeitos que o controlo excessivo pode ter. Os resultados do estudo foram apresentados na convenção da Association of Psychological Science, em Boston, no final do mês passado. Os especialistas americanos criaram a designação «pais-helicóptero» para o tipo de pais que «sobrevoam» constantemente a vida dos filhos, controlando cada passo, na ânsia de os protegerem de todos os riscos e de todos os males. Correspondem também ao conceito de overparenting, ou seja, exercem o seu papel de forma excessiva: protegem demasiado, controlam demasiado, estimulam demasiado, ocupam demasiado, oferecem demasiado. No que toca à atenção parental estão no extremo oposto da negligência, mas como acontece em todos os extremos, provocam danos. 
Fonte: IOL Mãe

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