26 março, 2010

Como tratar a pele do recém-nascido

Sabia que a temperatura do banho, o PH dos sabonetes e até as etiquetas da roupa podem irritar a epiderme ultra-sensível de um recém-nascido? Mas bastam alguns cuidados para garantir que a criança tenha uma pele saudável.

Num recém-nascido, tal como todos os órgãos, a pele é muito frágil e só vai readquirindo uma maior resistência à medida que a criança cresce. «A pele tem várias funções: protege e isola a entrada de substâncias do mundo exterior para o interior da criança, ao mesmo tempo que permite que estabeleça uma relação com o meio exterior através da percepção das sensações», explica Libério Ribeiro, pediatra e presidente da Secção de Imunoalergologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria. «Claro que quanto mais delicada é uma pele, maior a probabilidade de sofrer agressões externas ou até internas, que podem ser de doenças, como o caso da dermatite atópica, relativamente frequente nas crianças até aos dois anos».

Caso o bebé não apresente quaisquer sinais de alergias e de forma a cuidar o melhor possível da sua pele, existem vários cuidados que devem ser seguidos nos dois primeiros anos. Os banhos devem ser diários e rápidos. «Não devem ultrapassar os 20 minutos e a água deve estar tépida, entre os 32 e os 33 graus», recomenda Libério Ribeiro. «Além disso, nunca se devem fazer banhos muito prolongados, uma vez que o contacto com a água elimina o filme lipídico que contém gorduras e ácidos gordos que actuam como uma barreira protectora da pele.» Quanto aos sabonetes, os pais devem optar preferencialmente pelos que possuem um pH à volta dos 5,5  ou então gordos «caso a pele tenha tendência para ser mais seca», diz o pediatra, que sublinha ainda a importância de utilizar um creme emoliente a seguir ao banho para «aumentar a camada lipídica da pele e para que a elasticidade se mantenha. Quanto mais seca estiver a pele maior é a probabilidade de aparecerem lesões».
No que diz respeito à roupa, o melhor é evitar os tecidos de lã e as fibras sintéticas, dando sempre preferência ao algodão. Mas cuidado com as etiquetas da roupa, habitualmente feitas de materiais sintéticos e que podem irritar a pele do bebé. Devem ser cortadas logo na primeira utilização e verificar que não restam quaisquer vestígios que possam arranhar a pele da criança. Libério Ribeiro chama também a atenção das mães com tendência para agasalhar muito os filhos. «O bebé não deve andar muito aquecido ou muito agasalhado, pois o suor acaba por actuar como um factor irritante da pele. E numa criança com pele sensível pode levar a prurido, mesmo sem ter dermatite atópica. Estes cuidados devem ser gerais com todos os bebés, mas têm de ser redobrados ou triplicados quando se trata de uma criança com eczema atópico, o nome pelo qual é vulgarmente conhecida a dermatite atópica.» 

Fonte: Pais&Filhos

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