26 maio, 2010

Caça aos piolhos!


O sinal de alerta é a comichão na cabeça. Se o seu filho começou a coçar-se com frequência, prepare-se para a caça ao piolho!

Se tem a zona da nuca, pescoço e atrás das orelhas irritada e com pequenas picadas, é mais que certo que deve estar infestado. Nem sempre é possível observar os piolhos, pois eles são ágeis e, entre os cabelos, sobretudo se forem claros, podem passar despercebidos.
Por isso, o diagnóstico faz-se normalmente através da observação das lêndeas que são os ovos do bichinho. São minúsculas e estão agarradas junto à raíz do cabelo. É difícil desagarrá-las, sendo preciso puxar ao longo do fio de cabelo para conseguir retirá-las.
Se estalarem quando apertadas entre as unhas dos polegares, é porque estavam vivas, ou seja, tinham um novo piolho lá dentro, pronto a nascer. Se se soltam facilmente, é porque são apenas a casquinha do ovo que já eclodiu. 


Como tratar?
O tratamento deve fazer-se de imediato, assim que se aperceber do problema. Não leve o seu filho à escola antes de o fazer. Existem vários produtos na farmácia indicados para acabar com os piolhos na cabeça do seu filho. Os champôs anti-parasitas foram retirados do mercado, devido ao seu grau de toxicidade poder apresentar algum risco para as crianças. Verificava-se que eram usados com muita regularidade, inclusive como forma de prevenção, o que aumentava os seus riscos.
Existem hoje cremes ou sprays, mais suaves e feitos à base de produtos naturais, para aplicar depois da lavagem, em cabelos secos ou húmidos. Siga as indicações do produto. Volte a aplicá-lo entre sete a dez dias depois.
Como complemento passe todo o cabelo com um pente fino ¿ alguns cremes trazem um pente para esse efeito. É muito importante que passe o pente em todo o cabelo, pois o produto elimina os piolhos, mas não consegue eliminar todas as lêndeas.
Também pode comprar um pente metálico com dentes muito juntos, próprio para retirar as lêndeas. Penteie o seu filho com este pente durante vários dias. Assim, terá a certeza de que não ficará nenhuma lêndea. Toda a família deve fazer o tratamento, de forma preventiva.
Existem também nas farmácias sprays que actuam como repelente, ou seja, evitam o contágio.
Os piolhos podem provocar doenças?
É importante tratar de imediato e prevenir as infestações por piolhos, pois apesar de não serem perigosos nem constituirem ameaça à saúde pública ¿ não há tranmissão de doenças através dos piolhos ¿ eles tem consequências negativas para a criança: perturbam o sono, torna-as irritáveis e podem afectar o rendimento escolar.
Eczemas e irritações na pele, que podem conduzir a infecções localizadas, são as principais consequências a nível físico.


É preciso faltar à escola?
A dermatologista Leonor Girão, em declarações à Lusa no início deste ano lectivo, afirma que «os pais podem (e devem) deixar as crianças ir à escola imediatamente após terem feito o primeiro tratamento», o que se deve realizar logo que os parasitas sejam detectados.
No entanto, acrescenta que esta medida não pode ser isolada. «Quando há uma criança com piolhos, todas as outras devem ser inspeccionadas e fazer tratamento adequado em caso de se detectar parasitas».
O pediatra Mário Cordeiro, no seu «O Livro da Criança» também considera desnecessário faltar à escola. «Quando se descobre a infestação, já a criança tem piolhos há muitas semanas», afirma. «Mais importante é verificar as cabeças das crianças regularmente e falar no assunto para que os pais aceitem a situação e façam o tratamento correctamente», recomenda.

É preciso ter vergonha?
Os piolhos ainda são um tema difícil para alguns pais. Há quem prefira não admitir que o seu filho tem piolhos. Se não se informar a escola, é mais difícil controlar a praga. A escola deve informar todos os pais e se todos fizerem o tratamento será mais fácil acabar com o problema.
Por isso, é importante informar a escola e não falar do caso como se fosse um tabu. Não há razão para ter vergonha. Os piolhos atacam qualquer cabeça, não são sinal de falta de higiene. Claro que se não se fizer nada, eles vão continuar lá.
A transmissão faz-se por contacto directo. As crianças são mais afectadas, porque a transmissão é muito fácil nas escolas, onde brincam juntas, trocam bonés e há muitas cabeças. Mas os adultos também podem ser atacados. 
Fonte: IOL Mãe

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