Pais que controlam demasiado a vida dos filhos provocam falta de confiança, ansiedade e insegurança.
A super-protecção por parte
dos pais, durante a infância e adolescência, tem efeitos negativos na
formação da personalidade: ansiedade, falta de confiança e incapacidade
para aceitar novas responsabilidades são alguns dos resultados, segundo
um novo estudo realizado por Neil Montgomery, psicólogo da Keene
State College, em New Hampshire. Este psicólogo avaliou o grau de
controlo por parte dos pais e cruzou esses dados com a existência de
certos traços de personalidade, e mesmo desequilíbrios, em 300 jovens
caloiros daquela faculdade.
As raparigas tendem a ser mais
controladas pelos pais (sobretudo as mães) do que os rapazes - 13 contra
cinco por cento. E os estudantes com este tipo de pais revelaram-se os
menos abertos a novas ideias e os mais vulneráveis e ansiosos.
Apesar
de apenas ter estabelecido uma associação e não uma relação de
causa-efeito entre controlo parental e falta de confiança e ansiedade
dos filhos, o autor do estudo espera que os resultados constituam um
alerta para os pais e para a comunidade científica acerca dos efeitos
que o controlo excessivo pode ter.
Os resultados do estudo
foram apresentados na convenção da Association of Psychological
Science, em Boston, no final do mês passado.
Os
especialistas americanos criaram a designação «pais-helicóptero» para o
tipo de pais que «sobrevoam» constantemente a vida dos filhos,
controlando cada passo, na ânsia de os protegerem de todos os riscos e
de todos os males. Correspondem também ao conceito de overparenting,
ou seja, exercem o seu papel de forma excessiva: protegem demasiado,
controlam demasiado, estimulam demasiado, ocupam demasiado, oferecem
demasiado.
No que toca à atenção parental estão no extremo
oposto da negligência, mas como acontece em todos os extremos, provocam
danos.
Fonte: IOL Mãe
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