O nível do bem-estar geral das crianças está dependente do grau de educação dos pais e da sua situação relativa ao trabalho, revela um estudo da professora da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica do Porto, Liliana Fernandes.
A forma subjectiva de expressar a felicidade, «parece não depender» da situação económica, refere a mesma investigação que serviu de base à tese de doutoramento daquela professora.
Em declarações ao PÚBLICO, Liliana Fernandes esclarece, contudo, que o seu estudo não é a nível nacional e as conclusões não podem ser generalizadas. A investigação foi desenvolvida na Região Norte através de inquéritos a 1246 crianças entre os oito e os 13 anos e a seus pais. Para avaliar o bem-estar dos inquiridos foram tidos em conta factores como o bem-estar material, as condições de saúde e a situação escolar, as actividades de lazer e recreativas, bem como características psicobiológicas das crianças.
A felicidade relacionada com a percepção subjectiva das crianças quanto ao seu bem-estar não depende do rendimento económico da sua família. A grande maioria das crianças considera-se feliz, tendo-se colocado no topo da escala de felicidade (de 1 a 10) que lhes foi apresentada - 57,1 por centro no grau 10; 16,5 por centro no grau 9; 13,7 por centro no grau 8.
Este estudo demonstra que os pais estão muitas vezes convencidos de que as questões materiais afectam a felicidade dos filhos. Mas, segundo Liliana Fernandes, «as crianças estão mais distantes das questões materiais do que esses pais pensam».
Fonte: Pais&Filhos
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