Já era sabido que duas gravidezes muito próximas no tempo não são a melhor opção do ponto de vista da saúde da mãe. Um novo estudo, publicado no número de Dezembro da revista científica Contraception vem juntar a saúde do segundo bebé a esta equação. Esperar pelo menos seis meses após o parto para voltar a engravidar é mais do que aconselhável. Mas esperar onze meses é ainda melhor para o desenvolvimento do segundo bebé.
Quando o intervalo entre duas gravidezes é inferior a seis meses as probabilidades de morte fetal, nascimento prematuro, baixo peso à nascença ou problemas congénitos são significativamente maiores do que nos casos em que a gravidez ocorre mais de 11 meses após o parto anterior.
O facto de as reservas maternas de nutrientes essenciais estarem reduzidas devido à gestação anterior ou desequilíbrios hormonais próprios do período pós-parto têm sido causas possíveis apontada pelos especialistas para justificar o aumento dos riscos quando o intervalo entre gravidez é reduzido.
As probabilidades de parto pré-termo são 23 por cento superiores quando a gravidez ocorre menos de seis meses após o parto, enquanto que para o atraso no desenvolvimento fetal as probabilidades sobem 15 por cento.
Mais preocupante é o facto de as probabilidades de morte peri-natal subirem 64 por cento nos casos de gravidezes muito próximas da anterior (menos de seis meses). Neste estudo, realizado em Israel, foram analisados dados relativos a mais de 440 mil partos.
Esperar demais, contudo, também não é bom. Um intervalo superior a cinco anos corresponde a uma probabilidade 40 por cento superior de ter um parto prematuro.
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